BLUES DA ENCRUZILHADA *

*Maurício Rezende Pereira

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Opa amigos do blog, venho a vós novamente escrever sobre música (como de praxe). Dessa vez venho lhes apresentar com certeza um dos maiores musicos de todos os tempos, musico do delta blues, e inventor de novas tecnicas usadas por muitos até hoje.

Enfim, vamos logo com a breve historia de sua vida, que não posso esconder de meu caros amigos, que vem a ser um pouco misteriosa e um tanto curiosa.

Robert Leroy Johnson (ou somente Robert Johnson) foi um guitarrista e cantor de Blues, um dos melhores eu diria. Viveu razoavelmente pouco, de 1911(data não comprovada) até 1938, data de sua estranha morte, a qual falaremos a seguir.

Johnson escreveu somente 29 musicas, que até hoje são tocadas pelos maiores nomes da musica mundial como Eric Clapton.

Dizem os sussurros mais distantes, que Robert tenha conseguido sua incrível habilidade de tocar e cantar de maneira macabra e pouco ortodoxa, sim amigos, ele teria vendido a sua alma para o “coisa ruim”. Tal acordo teria sido feito na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississipi, feito a pacto com o demo teria sucesso e grande carreira no blues, seria o melhor guitarrista que nascera em todos os tempos, mas com um preço, dali a algum tempo, depois de desfrutar dos louros da “fama”(convenhamos que fama em  29, era tocar em algum lugar sujo em alguma esquina empoeirada), ele teria de morrer e entregar sua alma.

Mas isso é somente uma lenda, dizem.

A versão mais aceita entre todos é a seguinte:

Em 1938, num bar chamado “Tree Forks” Johnson bebeu um copo de whisky envenenado com estricnina, preparado pelo dono do bar, esse que achava que Robert estava “flertando”com sua esposa. Sonny Boy Williamson, amigo de Jonson teria avisado sobre o whisky adulterado, mas ele não deu importância e bebeu mesmo assim. Robert se recuperou do envenenamento mas contraiu pneumonia e morrera três dias depois em 16 de Agosto de 1938, em Greenwood, Mississipi. Muitas versões existem sobre sua morte, mas tudo é um mistério, pois, no seu certificado de óbito cita apenas “No Doctor” (Sem Médico) como causa da morte.

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Johnson certamente não inventou o blues, mas foi muito importante para algumas modificações no modo de tocá-lo, empregou mais técnicas, riffs mais elaborados e maior ênfase nas cordas graves para ditar um ritmo na música. Existe uma linha direta entre o delta blues de Johnson e o rock n’rool que  viria a fazer tanto sucesso.

Bom, demônios e anjos de lado, esse é o resumo da vida de um dos maiores músicos do mundo, acreditem na versão que quiserem, ou preferirem, mas por favor nada de sair vendendo sua alma por encruzilhadas pelo mundo.

Abraços!!

Crossroad Blues : http://br.youtube.com/watch?v=Yd60nI4sa9A&feature=related
Mauricio Rezende

* Maurício Rezende Pereira  já colaborou anteriormente no Perspectiva. Estuda Engenharia Mecânica, aprecia quadrinhos e o bom e velho Blues. No momento, recupera-se de uma lesão que o afasta do convívio social mas o aproxima de nosso leitor. Desejamos melhoras!

Astronomia na Antigüidade e suas origens

Mateus Broilo da Rocha*


Ao contrário do que é suposto por muitos, a astronomia não é razão de deleite de alguns poucos. Esta por sua vez é, provavelmente, a ciência natural mais antiga, com suas origens em práticas religiosas pré-históricas; vestígios dessas práticas que ainda são encontrados na astrologia, hoje uma pseudociência, que por muito tempo foi entrelaçada com a astronomia. Astronomia que etimologicamente significa “lei das estrelas”, nasceu e cresceu gradativamente para suprir as necessidades sociais, econômicas, religiosas e também culturais. É, atualmente, uma ciência que se abre num leque de categorias paralelo não só aos interesses da física, mas também a matemática e biologia.

A astronomia antiga envolvia-se em observar os padrões regulares dos movimentos de objetos celestiais visíveis, especialmente o Sol, a Lua, estrelas e os planetas vistos a olho nu. Com as observações dos astros, os antigos poderiam estudar, por exemplo, a mudança da posição do Sol ao longo do horizonte ou ainda as mudanças nos aparecimentos de estrelas no curso de um ano. Através dessas observações do movimento aparente dos astros, esses dados poderiam ser usados como prognósticos astrológicos confeccionando assim alguns tipos de calendários ritualísticos, e até mesmo agrícolas. A função primordial destes calendários era prever eventos cíclicos dos quais dependia a sobrevivência humana, como: chegada do período das chuvas; período em que o ano fica mais quente ou mais frio; épocas em que o clima propicia nas plantações e nas colheitas, entre outras aplicações. Este conhecimento empírico foi a base de classificações variadas dos corpos celestes. As primeiras idéias de constelações surgiram dessa necessidade de acompanhar o movimento dos astros contra um quadro de referência fixo. A astronomia é uma das poucas ciências onde observadores independentes possuem um papel ativo, especialmente na descoberta e monitoração de fenômenos temporários.

Mas o ápice da ciência antiga se deu na Grécia, por volta de 600 a.C. e 400 d.C., a níveis só ultrapassados séculos mais tarde. Com o conhecimento herdado dos povos mais antigos, e do esforço dos gregos, surgiram os primeiros conceitos astronômicos como: Esfera celeste, que acreditavam ser uma esfera cristalina incrustada de estrelas com a Terra em seu centro; Eclíptica (assim chamada pois os eclipses ocorrem somente quando a Lua está próxima da eclíptica), que é o caminho aparente que o Sol percorre dentro da esfera celeste; o Zodíaco, dividida em doze constelações em forma de animais – estas, por sua vez, para serem consideradas zodiacais, devem ser atravessadas pela linha da eclíptica (atualmente são treze as constelações do Zodíaco, com a constelação de Ofiúco, também chamada de Serpentário, tendo um pequeno aparecer entre elas). Os gregos relacionavam a astronomia como um ramo da matemática, a um nível bem sofisticado. Astrônomos da Antigüidade eram capazes de diferenciar entre uma estrela e um planeta, já que as estrelas permaneciam relativamente fixas durante os séculos enquanto os planetas moviam-se consideravelmente em um tempo comparativamente menor.

Para mais informações sobre o 13º Signo, Ofiúco, segue abaixo um link que trata a respeito de maneira bastante detalhada:

http://www.cfh.ufsc.br/~planetar/textos/polemica.htm

* Mateus Broilo da Rocha é estudante de Física e gosta de olhar para as estrelas.