Palmeiras 0 x 1 Grêmio

Victor – Excelente quando exigido. No fim do jogo fez o correto espalmando para o lado o forte chute do Palmeiras.

Heverton – Muito bem na zaga, grata surpresa. O melhor zagueiro revelado pelo Grêmio nos últimos dois anos – isso que só jogou hoje!

Jean – Melhor partida dele pelo Grêmio. Sua expulsão foi uma pena.

Amaral – Falhou algumas vezes, mas não foi calamitoso – com exceção de seus lançamentos.

Souza – Brilhante, jogou o que deve jogar sempre. Nunca mais Paulo Sérgio Cruzador Mortal.

R. Carioca – Melhor no segundo tempo do que no primeiro, provou que faz falta à equipe.

W. Magrão – Tecnicamente é grotesco: conduz a bola com a canela e parece que vai trupicando. Mas tem sua função tática de ligar o meio ao ataque e a realizou bem nesta tarde.

Tcheco – Voltou a jogar bem – e não pelo seu gol sem querer -, mostrando que merece todo o prestígio que os torcedores depositam nele. Tem brios.

Helder – Sabem que ele até foi mal? Nem foi tenebroso! Claro, errou todos seus cruzamentos (ou 99% deles), até aí normal. Mas fez uma partida ruim, fiquei satisfeito!

Reinaldo – Fazia boa partida até se machucar. Não fosse tão frágil…

Marcel – Os torcedores certamente vão criticar a atuação de Marcel ‘El Vergalito’ e teriam razões para isso caso apenas assistissem o “Lance Final: Melhores Momentos”. Perdeu gols que até Perea faria (ok, é brincadeira). Mas sua participação em campo foi determinante para o bom jogo do Grêmio e JAMAIS deve ser reserva de Pere(b)a.

André Luís – Mesma coisa que Helder.

Adilson – Jogou pouco, mas fez bonito. Ganhou as três jogadas de Lenny.

Orteman – Aterrorizou a todos quando entrou devido a seu passado. Mas não foi mal.

Tcheco – ele se importa

A diferença que faz um jogador que se importa com o sentimento da torcida. Entende, aceita as críticas construtivas e tenta mudar  o que precisa ser mudado. Por isso Tcheco é indispensável. Ele representa o espírito que a torcida gosta de ver no Grêmio. É provavelmente um dos últimos jogadores (que atuam no Brasil) a demonstrar um real comprometimento com o clube e que tem afinidade com o torcedor.

Os tempos e sua voz

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Há muito tempo não lemos poesia. O mundo de hoje não o permite e não só pelo tempo que as futilidades nos roubam dos precisosos dias de vida. Não lemos poesia porque elas não parecem ter algo a nos dizer. Não achamos necessário desvendar os jogos verbais dos poemas, compreender as metáforas, degustar cada palavra como se fosse uma iguaria preparada por um chef talentoso. Nem sequer a musicalidade, ingrediente indispensável até à poesia mais popular, já não nos importa. Assim como o famoso “eu lírico” do poeta, que nos parece hoje de uma proximidade bem desagradável.

Neste sentido, o livro de Eliana Couto Triska, Os Tempos e sua voz, não parece ter a melhor das sortes em termos de público. É lamentável vaticinar um destino como esse para uma obra recém-lançada, mas não vejo alternativa. Ela tem o incontornável defeito de trabalhar a palavra na época da crise da palavra, como nos lembra um assustado George Steiner. Comete todos os equívocos: cuida da métrica e da musicalidade, deixa transbordar o eu, cede à inovação formal sem excessos, busca, enfim, o belo. É, em uma palavra, poesia – da melhor qualidade, para aqueles que souberem ouvir a voz de Eliane que já na epígrafe mostra a que veio:

No lar univérsico,

correntes de forças exóticas

traçam linhas vibratórias

que alcançam bordas,

limites não nomeados,

algo além da imaginação.

Nela ou fora dela, em qualquer ponto

há encontros…

P.S.: A autora  está autografando o livro na 54ª Feira do Livro, no dia 10 de novembro, 2ª -feira, às 17 horas, na Sala Oeste do Santander Cultural.

Onde encontrar:
Fenix21@terra.com.br