Cartas de Burckhardt

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O suíço Jakob Burckhardt (1818-1897) passou para a história como o típico erudito solitário, austeramente dedicado aos seus elevados afazeres e desligado do impuro mundo exterior. Isso foi, ao menos em parte, verdade: homem de hábitos simples, morador do segundo andar de uma casa de comércio durante a maior parte de sua vida, quase que inteiramente dedicado à sua cadeira de História da Arte na Universidade da Basiléia, Burckhardt contemplou com a sua época com a preocupação de um apaixonado pelos valores perenes da civilização européia diante do que considerava uma derrocada geral.

Nestas Cartas (Topbooks, 416 páginas), vemos quão freqüentes eram estas preocupações na cabeça do autor da monumental A Cultura do Renascimento na Itália. Dirigidas a vários interlocutores – dentre os quais ninguém menos do que Friedrich Nietzsche, amigo do historiador – , nelas Burckhardt discorre sobre a sua concepção de história (outra preocupação freqüente), sobre a ascensão dos governos democráticos (entendidos aqui no seu pior aspecto, ou seja, demagógicos) na Europa e a massificação da cultura, além de muitas, muitas opiniões sobre arte, literatura e tudo o que dizia respeito ao sacerdócio deste autodenominado “monge secular”.

Onde encontrar:

www.topbooks.com.br

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