Fotos da superfície de Marte pela sonda chinesa Tianwen-1

No dia 15 de maio, a sonda espacial chinesa Tianwen-1 pousou na superfície de Marte.

Desde então, a máquina vem percorrendo parte da superfície do Planeta Vermelho em busca de informações sobre o solo, a presença de água, a temperatura, a incidência de raios solares – e, claro, de algum indício de vida.

Enquanto essas informações mais técnicas não chegam, a Tianwen-1 vem proporcionando à população um prazer mais acessível: ver as fotos de Marte.

Hoje, dia 12, a Agência Espacial Chinesa publicou as primeiras fotos do Planeta Vermelho obtidas pela sonda.

A China é o segundo país do mundo a pousar um rover em Marte – depois de seu arquirrival EUA.

Surface of Mars with the Zhurong Mars rover surrounded by a blast pattern and its parachute and backshell lying a distance away

Local de pouso

Photo taken by the Zhurong Mars rover of itself and its landing platform on the surface of Mars

Imagem do rover chinês Zhurong mostra superfície laranja de Marte

Panorama da área de pouso do rover chinês Zhurong em Marte

Espetáculo das baleias e a Aurora Boreal

aurora-boreal

  • A aurora boreal é um dos mais mágicos fenômenos naturais produzidos pela natureza. O show de cores – que vai do vermelho, passando pelo azul, pelo amarelo, pelo rosa e pelo verde – cria imagens quase psicodélicas, dignas do filme “Fantasia”, da Disney.
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Aurora Boreal em cores verde e vermelha, na Noruega

  • Para que a Aurora ocorra é necessário que haja que uma grande quantidade de elétrons provenientes dos ventos solares. Estes ventos interagem com elementos (átomos, íons) da atmosfera terrestre em uma grande velocidade. O resultado dessa interação é um grande choque entre as moléculas  e , à medida que os elétrons regressam aos seus níveis de energia originais , eles emitem uma luz visível , com comprimento de onda distintos, responsáveis por criar as cores visíveis da Aurora.
  • A Aurora se forma tanto no Hemisfério Norte – onde é denominada Aurora Boreal –  quanto no Hemisfério Sul – chamada de Aurora Austral. Uma curiosidade sobre o nome “Aurora Boreal” : foi escolhido por Galileu Galilei em homenagem à deusa romana Aurora , responsável pelo amanhecer, e  a Bóreas , deus grego responsável pelos ventos do norte.
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Aurora Austral , vista na Nova Zelândia.

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Aurora Boreal , vista no Alasca.

  • Se já não bastasse a beleza do fenômeno natural em si, no norte da Noruega, foi filmado um grupo de baleias- jubarte nadando sob a luz da Aurora Boreal, dando a impressão de que os animais participavam de uma imensa rave produzida pela mãe natureza 😀

Entrevista: Jairo Luís Cândido- “Só há possibilidade de mudança social a partir da educação”

Por Celso Augusto Uequed Pitol

 


Começo esta entrevista com uma informação pessoal: meu entrevistado desta semana, meu amigo Jairo Luis Cândido, foi um dos professores mais importantes para a minha formação. E personalizo porque estou certo de que falo por centenas, talvez milhares de outros alunos que com ele tiveram aula ao longo dos anos e partilham desta opinião. Conheci-o no primeiro ano do Ensino Médio do Colégio La Salle, quando iniciava o preparo para o vestibular e o ingresso na vida universitária, com todas as incertezas e as expectativas que acompanham este importante processo. Homem de opiniões firmes sobre vários temas dentro e fora de sua disciplina de atuação – temas que, amigavelmente, tive o prazer de discutir em diversas oportunidades -, Jairo nunca tolheu, nem por um momento, aqueles que, como eu, nem sempre concordavam com ele: ao contrário, dizia sempre para desenvolvermos idéias próprias e bem fundamentadas, independentemente de quais fossem. No campo escolar propriamente dito, foi com ele que tivemos as primeiras noções do que é uma pesquisa séria e do que é estudar em nível acadêmico, independente da área que iríamos escolher. E tudo isto, importante ressaltar, ainda no Ensino Médio.

Nunca fui dos seus melhores alunos no que diz respeito às notas, apesar de nunca ter tido problemas para passar. Já na altura ficava claro que o caminho que eu escolheria teria pouco a ver com a Biologia. Jairo, legítimo vocacionado que era, felizmente nunca abandonou este caminho. Tornou-se professor do Unilasalle e hoje é coordenador do curso de Biologia daquela instituição, além de membro do Conselho Municipal de Meio Ambiente, onde procura pôr em prática o que nos ensinou nas aulas do Terceiro Ano sobre biocenose, ecossistema, biosfera e outros conceitos importantes que nunca esqueci. Pensando bem, até que eu não era um aluno tão ruim assim.

Quando vieste para Canoas?

Jairo Luís Cândido: Eu nasci em em 1966, em Porto Alegre. Morávamos no Sarandi e, em seguida, nos mudamos para o Jardim do Sal. Até os 30 anos morei por ali. Aí casei, vim morar em Canoas , morei 1 ano e meio aqui, retornei a Porto Alegre e, há dois anos, voltei a morar em Canoas.

Como surgiu o teu interesse pela Biologia?

JLC:  A idéia era fazer o curso técnico em eletrônica no Parobé. No final dos anos 70 e inicio dos anos 80, havia no Brasil um grande incentivo para as chamadas áreas técnicas. Lembro que existiam várias publicações de revistas para adolescentes que ensinavam a fazer bugigangas de papel reciclado, fazer um radinho, fazer um controle, pegar uma saboneteira e dois componentes e fazer um brinquedinho, e eu me encantei com aquilo. Aí fui fazer eletrônica no Parobé e, quando vi o que era realmente estudar eletrônica, me desencantei. Vi que não era a minha praia. Desencantei-me e descobri o encantamento que eu tinha com a biologia. Eu nunca estudava biologia, nunca lia nada de biologia e ia sempre muito bem nas provas, muito melhor do que as disciplinas que tinham a ver com eletrônica. Então decidi fazer vestibular para biologia. Comecei o curso em 1985 e saí em 1991.

A tua geração foi a primeira geração a entrar na universidade após a democratização do país.

 

JLC:  As coisas já eram feitas às claras, mas existia uma aura pesada. Eu lembro que tinha gente com muito medo para participar do movimento estudantil, até pela influência dos pais. E uma das coisas que eu vivenciei no curso universitário, além de pesquisa, foi diretório acadêmico. Dos seis anos e meio em que eu estive lá, quatro eu estive em diretório acadêmico, uma vez como vice, outra como presidente e depois como secretário. Tive muito envolvimento com o DA da biologia, com o DCE da UFRGS e participei em reuniões da UNE. Lembro que, nos dois primeiros anos de curso, meu pai tinha muito medo. Ele dizia: “estão fotografando vocês, estão mapeando, vão pegar vocês na rua” e eu ouvia muitos comentários de colegas falando a mesma coisa, que os país alertavam para isso. A geração dos meus pais viveu isso de maneira muito forte e tinham medo. E via uma gurizada com 18 anos na faculdade dizendo que ia mudar o mundo, até cair na real que a gente primeiro muda o nosso quintal e depois começa a influenciar o quintal do vizinho. Só depois disso pode começar a pensar num mundo melhor. Todo jovem pensa que pode mudar o mundo a partir dele. A questão é que o meu mundo é diferente do dele, e aí começam os problemas (risos). Mas, dentro da universidade, a possibilidade de manifestação dava a sensação de poder fazer, mas ainda havia um pé atrás. E sempre o bafo na nuca, dizendo que algo podia acontecer.

As conseqüências de uma ditadura vão para além do fim da ditadura…

JLC:  Exato. A sensação psicológica de medo continuava. Havia a sensação de liberdade , mas o percentual de pessoas que se envolviam no movimento estudantil de fato, fazendo a política estudantil, era muito pequeno. Eu não participava, só assistia o movimento: a política partidária era algo que não estava no meu mundo e, além disso, eu tinha uma influência de casa para não participar deste mundo. Quando entrei na UFRGS, tive um choque: começamos a conviver com outras pessoas, outras visões de mundo. Mas, quando estive como presidente do DA, eu mantive a idéia de que o  movimento estudantil não deveria se partidarizar, e sim criar condições para conscientizar os estudantes.

 

Como assim?

 

JLC:  Do tipo: “queres ter uma linha partidiária? Tenha, mas a partir de crítica construída que não tenha o viés única exclusivamente político-partidiário. Vais escolher depois de teres construído uma crítica a situação”. Existiam tentativas de manipular e conseguir apoios políticos para os partidos. E todos os partidos – eu friso: todos – faziam isso. Eu fui vice e presidente no momento em que se estava tentando reconstruir o diretório junto aos estudantes. Na virada dos anos 80, quando surgiu o PT e começam as disputas entre as antigas e novas esquerdas, começou uma coisa de entrar partido político no diretório acadêmico. Quem não seguia era considerado pelego por esses grupos, era pró-ditadura. Isso quando eu entrei já era assim e anos antes também era. Os alunos não queriam porque participar do diretório era estar vinculado a algum partido político. A minha entrada foi, então, sem qualquer vinculação com partido. Aliás, quando entrei no diretório em final de 1985, me convidaram a entrar como vice, justamente porque eu tinha uma boa relação com todos os alunos independente de vinculação partidária. O candidato a presidente não era filiado a partido algum, era simpatizante do PT mas não queria partidarismo no diretório, e eu concordei por isso. E do outro lado, queriam partidarizar o diretório, e eles já estavam lá havia 2 ou 3 legislaturas. Isso estava esvaziando o diretório, porque virava uma discussão deles com eles mesmos. Nossa proposta era de renovar e trazer o DA para as discussões de dentro do curso. Política externa não interessava. Era para discutir o que tinha de problemas dentro do curso, como a cadeira quebrada na sala de aula. E teve guerras, porque teve chapa do PCB, da extrema esquerda do PT, a chapa apartidária, que era a nossa, e nós ganhamos de lavada. O pessoal se identificou com nosso discurso. E começamos  a trazer de novo o pessoal para dentro.

A geração dos 80 tinha realmente mais engajamento?

JLC:  Olha, eu diria que aquela geração era mais engajada que as posteriores. Tinha, porém, um percentual relativamente grande de alunos que eram “alienados”, mas o percentual que se engajava era maior que o de hoje. E faziam barulho. O que acontecia tinha repercussão. Em termos de UFRGS como um todo, o movimento era bastante grande. O curso de Biologia, que eu vivenciei naqueles dois primeiros anos, o pessoal queria primeiro pensar o curso, os estudantes, o Instituto de Biociências, mas na UFRGS em geral e essas disputas das esquerdas era muito forte e marcante. Dentro da Biologia era um pouco diferente, porque todos estavam cansados de ver um discurso que não tava levando a lugar algum. Em 1985, 86, a gente começa a trazer estudantes pra volta do diretório. Lembro de gente dizer que, pela primeira vez, entrava no diretório e estava adorando, porque achava que ali não tinha nada de bom para essas pessoas. A coisa foi se espalhando, a gente começou com coisas simples e fora do contexto de discussão política e, aos poucos, trouxemos essas discussões para dentro.

E tu ficaste na presidência do D.A. até quando?

 

JLC:  Até 1987. Depois, meio que me afastei, saí  das diretorias e entrou outro grupo, que foi oposição à chapa que eu apoiei, e me diziam que eu queria manter poder por trás. Mas, resumindo, a idéia que eu tinha era de discussão interna, sim, discussão de movimento estudantil, mas não a partidos políticos no D.A. Foco nos alunos.

Saíste da faculdade em 1991. De repente, vislumbras a tua vida com a inflação explodindo, a vida sem poupança, com um país destruído economicamente. Como era conseguir emprego?

JLC:  Faltando dois meses para eu me formar, bateu a crise. Eu parei no prédio,no saguão – nunca vou esquecer a cena – na escadaria de mármore. Justamente ali, na minha primeira matricula eu conheci aquele que é um dos meus melhores amigos , José Artur Bogo Chies. Bom era época da crise, eu sentei e pensei: “o que vou fazer da minha vida?”. Formar-se é levar um tombo, é passar de elite intelectual para problema social. As escolas pagavam pouco, a inflação comia o salário, era um contexto bem complicado. Além disso, para conseguir uma boa escola precisava de experiência e contatos. Quando eu estava me formando, eu notei que havia chegado aos meus 24 anos e não tinha emprego. Comecei a entrar em pânico.  Em 10 de novembro de 1991 eu me formei. No final do novembro de 91 o José Artur, o Zeca, me procura e diz “olha, fui selecionado para fazer doutorado na França,  e tenho que ir embora no ano que vem. Preciso de alguém para assumir a escola em que estou trabalhando”. Era uma escola em Cachoeirinha. Foi lá que consegui o meu primeiro emprego. Eu fiquei pouco tempo desempregado. Tive muita, mas muita sorte, muito mais que a maioria dos meus colegas. Em fevereiro, abriu concurso para o município de Guaíba e então fiquei numa escola particular em Cachoeirinha e numa em Guaíba. Depois me exonerei do município por causa de uma bolsa de pesquisa – fui chamado de louco por isso, aliás – e então surgiu a idéia de fazer arquitetura. Fiquei 3 anos lá e a minha idéia era trabalhar com planejamento urbano e desenvolver cidades ecologicamente sustentáveis, mas na época essas discussões – que hoje são muito presentes – estavam recém-começando. Voltei para a Biologia fazer mestrado em zoologia. Comecei em 1997 e em funções de várias situações, conclui em 2001. Em 2002 comecei a dar aula aqui no Unilasalle, sendo que já dava aula no colégio havia anos.

 

A perspectiva de ser professor era clara para ti, como aluno de graduação?

 

JLC:  Não. Na época não precisava optar licenciatura e bacharelado no inicio. Podíamos seguir sem opção até o final do curso. Como eu não fiz opção clara, sempre me eram ofertadas todas as disciplinas de todas as ênfases. Então, eu fiz uma daqui, outra de lá e acabei concluindo a licenciatura primeiro.Entrei querendo trabalhar com cetáceos, golfinhos, baleias e, na primeira disciplina de zoologia, descobri protozoários, esponjas e corais e me apaixonei instantaneamente. Trabalhei como monitor desta disciplina e ali comecei a dar aula, substituindo a professora algumas vezes. Ali eu comecei a pegar gosto pela sala de e não parei mais. Descobri, olha, é legal dar aula. Então fui para a licenciatura.

 

Acredita em vocação para dar aula?

 

JLC:  Não sei se exatamente a palavra vocação, porque às vezes essa coisa da vocação pode dar a idéia de que tem que se dar o sangue por isso e não reclamar, mas eu sinto, sim, que dar aula não é para qualquer um. Ser professor não é para qualquer pessoa.

Queria falar um pouco da educação ambiental. Atuas nessa área no Conselho Municipal de Meio Ambiente. Estamos vivendo muito recentemente a rediscussão da questão da energia nuclear, até pelo que ocorreu no Japão. É uma situação limite, mas que não começou ontem, nem ontem nem anteonem. Queria que falasses um pouco da necessidade deste momento em se investir na educação ambiental.

 

JLC:  Para mim, só há possibilidade de mudança social a partir da educação, em todos os sentidos. E a educação ambiental tem uma importância fundamental para que a sociedade acorde e para que as gerações futuras aproveitem os frutos dos esforços feitos hoje. Eu preciso enxergar o mundo com outros olhos. Não posso mais querer tudo para mim. É preciso aprender a partilhar com o outro.  Somos bombardeados todos os dias para o individualismo, para pensar que temos de pensar em nossas necessidades e o resto que se exploda. Então, não é algo simples de se fazer, e não é com uma receita de bolo que se pode fazer. Como qualquer trabalho que se faz com educação é um trabalho de longo prazo. É um trabalho que mexe com paradigmas da sociedade, é mudar visão de mundo, é mudar a maneira como eu encaro a sociedade. Essa discussão vai de coisas simples a bem complexas, da discussão da matriz energética para o meu pais até o que eu vou fazer com a sacolinha do supermercado. Pega de ponta a ponta, pega desde a sacolinha do super até discussão de política global. Há muitos setores em que podemos trabalhar, inclusive na escola. E tenho medo quando alguém diz que tem que ter uma disciplina de educação ambiental. Não, não tem.  Educação Ambiental não pode ser só na feira de ciências, no dia da árvore, e sim em todos os dias, em todas as disciplinas, de alguma maneira. A educação ambiental é necessariamente interdisciplinar. Não adianta fazer um projeto em sala de aula se a escola continua imprimindo calhamaços de folhas só dum lado ou documentos internos que poderiam ser impressos dos dois lados. Então, um dos espaços que eu vejo para trabalhar a educação ambiental é  escola. Mas , como eu disse, ela precisa deixar de ser coisa só do professor de biologia. Outros espaços são a sociedade civil organizada. Por isso, no Conselho Municipal de Meio Ambiente procuramos debater esses assuntos da maneira mais aberta possível, com a participação de toda a comunidade. Nossas reuniões são 100% abertas à comunidade, todos podem e devem assisti-las. Só assim, com participação, é que poderemos fazer alguma diferença.

Entrevista de Steve Jobs em 1985

“The most compelling reason for most people to buy a computer for the home will be to link it into a nationwide communications network. We’re just in the beginning stages of what will be a truly remarkable breakthrough for most people–as remarkable as the telephone.”

Thus far, we’re pretty much using our computers as good servants. We ask them to do something, we ask them to do some operation like a spread sheet, we ask them to take our key strokes and make a letter out of them, and they do that pretty well. And you’ll see more and more perfection of that–computer as servant. But the next thing is going to be computer as guide or agent.”

Entrevista completa aqui Aqui.

Como bônus: o comercial de TV que tornou a Apple famosa em todo o mundo.

Um comercial que, visto hoje, tendo-se em mente as atitudes recentes da Apple e de seu líder Steve Jobs, soa um tanto irônico.

Astronomia na Antigüidade e suas origens

Mateus Broilo da Rocha*


Ao contrário do que é suposto por muitos, a astronomia não é razão de deleite de alguns poucos. Esta por sua vez é, provavelmente, a ciência natural mais antiga, com suas origens em práticas religiosas pré-históricas; vestígios dessas práticas que ainda são encontrados na astrologia, hoje uma pseudociência, que por muito tempo foi entrelaçada com a astronomia. Astronomia que etimologicamente significa “lei das estrelas”, nasceu e cresceu gradativamente para suprir as necessidades sociais, econômicas, religiosas e também culturais. É, atualmente, uma ciência que se abre num leque de categorias paralelo não só aos interesses da física, mas também a matemática e biologia.

A astronomia antiga envolvia-se em observar os padrões regulares dos movimentos de objetos celestiais visíveis, especialmente o Sol, a Lua, estrelas e os planetas vistos a olho nu. Com as observações dos astros, os antigos poderiam estudar, por exemplo, a mudança da posição do Sol ao longo do horizonte ou ainda as mudanças nos aparecimentos de estrelas no curso de um ano. Através dessas observações do movimento aparente dos astros, esses dados poderiam ser usados como prognósticos astrológicos confeccionando assim alguns tipos de calendários ritualísticos, e até mesmo agrícolas. A função primordial destes calendários era prever eventos cíclicos dos quais dependia a sobrevivência humana, como: chegada do período das chuvas; período em que o ano fica mais quente ou mais frio; épocas em que o clima propicia nas plantações e nas colheitas, entre outras aplicações. Este conhecimento empírico foi a base de classificações variadas dos corpos celestes. As primeiras idéias de constelações surgiram dessa necessidade de acompanhar o movimento dos astros contra um quadro de referência fixo. A astronomia é uma das poucas ciências onde observadores independentes possuem um papel ativo, especialmente na descoberta e monitoração de fenômenos temporários.

Mas o ápice da ciência antiga se deu na Grécia, por volta de 600 a.C. e 400 d.C., a níveis só ultrapassados séculos mais tarde. Com o conhecimento herdado dos povos mais antigos, e do esforço dos gregos, surgiram os primeiros conceitos astronômicos como: Esfera celeste, que acreditavam ser uma esfera cristalina incrustada de estrelas com a Terra em seu centro; Eclíptica (assim chamada pois os eclipses ocorrem somente quando a Lua está próxima da eclíptica), que é o caminho aparente que o Sol percorre dentro da esfera celeste; o Zodíaco, dividida em doze constelações em forma de animais – estas, por sua vez, para serem consideradas zodiacais, devem ser atravessadas pela linha da eclíptica (atualmente são treze as constelações do Zodíaco, com a constelação de Ofiúco, também chamada de Serpentário, tendo um pequeno aparecer entre elas). Os gregos relacionavam a astronomia como um ramo da matemática, a um nível bem sofisticado. Astrônomos da Antigüidade eram capazes de diferenciar entre uma estrela e um planeta, já que as estrelas permaneciam relativamente fixas durante os séculos enquanto os planetas moviam-se consideravelmente em um tempo comparativamente menor.

Para mais informações sobre o 13º Signo, Ofiúco, segue abaixo um link que trata a respeito de maneira bastante detalhada:

http://www.cfh.ufsc.br/~planetar/textos/polemica.htm

* Mateus Broilo da Rocha é estudante de Física e gosta de olhar para as estrelas.

O aquecimento global é uma farsa?

É o que diz o meteorologista paulista Luis Carlos Molion neste entrevista à revista Isto É. Suas idéias foram alvo de muita polêmica no último Fórum da Liberdade. Molion diz, entre outras coisas, que as teses ambientalistas de controle de recursos naturais são invenções dos países ricos para impedir o crescimento econômico dos países mais pobres, entre eles o Brasil.

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1967/artigo55150-1.htm

Este artigo contém outras informações detalhadas.

http://www.alerta.inf.br/news/1097.html

A Dengue no Rio de Janeiro tem solução?

Ir para o Rio de Janeiro é uma tarefa para pessoas corajosas. Não bastasse os problemas de violência que assolam a cidade e corroem sua belíssima imagem construída ao longo dos anos, o Rio tem mais uma chaga: a Dengue, transmitida por um reles mosquito e que já afetou 35 mil pessoas só na capital, causando a morte de 67 delas. Mas por quê não conseguimos acabar com o transmissor?

Simples: os brasileiros não sabem se comprometer com algo que não seja banal. Da mesma forma que continuam jogando sofás nos arroios, óleo de cozinha nas pias e dando de ombros para a destruição da Amazônia, não há motivos para se preocupar se existe um pote ou recipiente com água parada no seu pátio. Em contra-partida, as transmissões do Big Brother Brasil eram mais que a soma do share de todas das outras emissoras.

Claro, há ainda a participação do governo no caso. Mas de que adianta mandar milhares de agentes para fiscalizarem as casas se a própria população não permite ou dificulta o acesso para estes avaliarem as situações? De comunidades dominadas pelo tráfico que tocam o terror até donas de casa que deixam o cachorro solto, são alguns dos problemas que encontram estes verdadeiros guerreiros da saúde.

Não importa se o governo foi incompetente, isso não justifica nossa inércia. Então façamos nossa parte pois mesmo que não seja garantia de que estaremos livres do maldito mosquito pelo menos faremos o possível. O que não é aceitável é a omissão.

E sim, é possível que tenhamos focos de dengue em nossos pátios por mais bem cuidados que possam aparentar ser. Mesmo que não hajam, não nos custa nada vistoriar. A consciência tranqüila de saber que a nossa presença na sociedade não é um estorvo já é algo importante. Ao invés de me furtar de receber a visita da vigilância sanitária é muito melhor deixar o local em condições e receber orientação caso alguma coisa esteja errada.

A Dengue é coisa séria e mata. E não pensem que é só o Rio de Janeiro o amaldiçoado pela praga. Que o surto no Rio sirva de alerta para todos os outros Estados da Federação.

Como deixar de fumar em uma consulta

Trinta e três anos de apego total ao cigarro. Trinta e três anos sem que sequelas aparentes justificassem abstinência na visão da viciada Madame LiLi. Não que tivessem faltado advertências por parte dos profissionais da medicina com os quais teve contato durante estas décadas. As delicadas advertências mescladas com demonstração de compreensão pelo seu vício não tiveram o condão de levá-la a abandonar aqueles que considerava  companheiros inseparáveis. E não havia dia em que não se relacionasse com pelo menos vinte desses “amigos”. 

Mas no dia 16 de janeiro os caminhos da teimosa fumante a levaram a encontrar  um médico com o qual nunca havia consultado,no Hospital da Ulbra, em Tramandaí, para tratar de uma dor nas costas. Quando lá chegou, o médico perguntou-lhe se fumava. Ante a resposta afirmativa de Madame Li Li, o médico reagiu de forma diversa da usual. Resolveu aterrorizar a paciente, lembrando a ela de que talvez tivesse que voltar ali outras vezes para ser submetida ao oxigênio ( mesmo que seu exame pulmonar não apresentasse alterações) ,  sugerindo que encarasse o cigarro como um inimigo que tinha a intenção de matá-la , submetê-la às provações de ter de solicitar atendimento para receber oxigênio e refinadamente propôs a ela que desafiasse o cigarro, tomando um cafézinho enquanto mantinha um deles ao lado.

Amigos do Perspectiva, após 33 anos de relações aparentemente indissoluveis Madame LiLi abandonou aquele que agora ela proclama como seu pior inimigo.

E nós, que agora estamos livres de ter de aturar o desagradável odor da fumaça e  ter o desprazer de encontrar cinzeiros cheios pela casa, agradecemos  ao Dr. Ricardo Billo da Silva,   o qual não conhecemos, pela  invulgar capacidade de ter influenciado a menos influenciável das pessoas que conhecemos. E sugerimos àqueles que desejem parar de fumar uma consultinha com ele. Se convenceu Madame LiLi convence qualquer um, nós garantimos. 

Café .

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Incentivada pela notícia da menina que quase morreu tomando café, resolvi escrever um pouco sobre esse líquido escuro que acompanha a vida humana desde o século IX.

 Tendo como regra “começar pelo início” ,  aqui está a palavra café. Acredita-se que a origem seja derivada do persa – Ghahveh ; turco – Kahveh; e árabe – Qahwa.

 O café é um grão que originalmente cresce na Etiópia e , segundo alguns , foi descoberto por pastores que observando suas ovelhinhas comerem as bolinhas silvestres , notavam um aumento de atividade neles, como se “dançassem” (o.o). Ese fato é conhecido como ” Lenda das ovelhas dançantes”.

 Da Etiópia , o café se espalhou com grande popularidade no mundo árabe islâmico, sendo usado como um bom substituto do álcool.

 Os árabes exportavam café para a Europa, porém se certificavam de que eram grãos inférteis, assim teriam certeza de que eles não germinariam em outras terras.

 A maior parte do café consumido nos dias de hoje é plantado na América Latina, no Leste Africano e na Ásia.

 D ponto de vista medicinal , o café é um tanto o quanto controverso. É muitas vezes citado como um aliado da saúde , previnindo doenças assustadoras como  o Mal de Alzheimer. Ao ler esse tipo de artigo,o bebedor de café é tomado de certo sentimento orgulhoso, e bebe com a certeza de q está dando um passo para sua saúde futura.

 Em outros textos, na maioria das vezes nos q falam sobre a ação da cafeína, o sujeito se sente como um viciado irrecuperável.  Deve ser pela semelhança da palavra cafeína com sua “prima etimológica” cocaína. Na verdade , vai além disso, pois as duas são compostos alcalinos.

Alguns dos males citados são : distúrbios do sono, gastrite e tremores. 

 A verdade é que se consumido em moderação o café não se torna um risco a saúde e serve como companheiro do homem  em diversos momentos. E das ovelhas também.